segunda-feira, 21 de maio de 2012

Jorge Sequerra deu voz a Cesário Verde


O poeta Cesário Verde foi lido e explicado pelo ator Jorge Sequerra com grande emoção, perante um público atento, constituído pelos alunos do 11º ano, que têm como obrigatório o estudo deste autor. Foi uma aula de Português diferente e uma experiência de leitura do texto poético igualmente distinta, que a biblioteca promoveu, mais uma vez, em articulação com a área disciplinar de Português.



quinta-feira, 17 de maio de 2012

Descrever sem adjetivos


Fazer o elogio de alguém sem usar um único adjetivo, foi o desafio lançado aos alunos do 9º 4. Publicamos aqui o texto que obteve melhor avaliação, por parte das professoras de Português responsáveis pela proposta desta atividade para desenvolver no âmbito do Clube de Poesia da BECRE.

"Caminhavam pelas rochas, sapatos de esperança e aventura. A cada passo, os seus corações palpitavam com mais força. Todos olhavam aquelas rochas com desafio e curiosidade de saber o que estas escondiam por detrás delas.
Águias e abutres lá no alto, observavam-nos com a intenção de conseguir defender o seu território. Todos ali mereceriam respeito e dignidade. Uns por uma causa, outros por outra."
  João Capelas; Miguel Ferreira; Nuno Jacinto 

Poesia



Gota cai…

Já estás perto do meu olhar,
Pequena gota do oceano.
Pura de amor, translúcida de dor…
Fresca e nova presa nesse mar tirano…
Navega por entre esse cenário castanho…
Navega por entre esse cenário triste!...
Oh! Como tu pequena que és
Carregas tão grande tormento…
Gota, lamento!
Lamento que tenhas de ser separada de teus irmãos
Mas o mar não é lugar para uma gota abalada como tu…
Gota sai! Sai desse frio mar que não te entende…
Cai Gota! Cai de ti mesma porque o Oceano é calmo…
Tu, só tu fazes a diferença entre a passividade
E a sua turbulência…
Sê livre desse falso amor que em ti se encerra…
Sê livre de ti mesma!...
                                                        Madalena Almeida (9º 4)


Cai gota, percorre a pele da minha cara!...

O gosto da poesia


















   Concha

Concha, meu ser, minha eternidade...
Velha que estás da mesma brisa...
Em ti consigo observar toda a solidão que me abalou;
Todos os perigos e obstáculos do Mundo,
Num pequeno e curto espaço do ar...
Com todos os bocados espalhados pelos cantos da Terra!
Porque não vais ao encontro de ti mesma?

Percebo a insegurança com que estás no meu peito...
Percebo que o teu fado não é junto de mim...
Mesmo que já só reste um bocado de ti,
Ainda tens um espaço guardado no meu corpo...
Eu sei que preferes ir à deriva das ondas mas,
Já é tarde...
As peças que desapareceram de ti,
Amparadas pela desilusão,
Tiveram força e vontade suficiente para enfrentar a Vida!
Mas eu não o consigo fazer. Desculpa!...

És o meu reflexo...
Não te quero magoar mais!
Por isso não abro as duras portas da Vida;
Só para te poupar!
Tu és eu, eu sou tu...
És o que me resta de mim!...
                                         Madalena (9º.4) 
Madalena

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Colagens e montagens: os melhores trabalhos


As professoras de Português, Fernanda Duarte e Manuela Silva, elaboraram um Parecer sobre a atividade "colagens e montagens", realizada pelos alunos da turma 5 do 8º ano, no âmbito do Clube de Poesia/Escrita Criativa.  
            Mais uma vez, esta actividade baseada em colagens, deu origem a trabalhos sugestivos da criatividade e da sensibilidade dos alunos que os realizaram.
            Todos os cartazes são portadores de mensagens perfeitamente adequadas à realidade vivencial que partilhamos, enquanto seres humanos responsáveis pelo bem-estar colectivo. Assim sendo, justifica-se a pertinência dos temas relativos à importância da amizade; à valorização do futuro, através da inovação; ao apelo à paz; à importância da liberdade de escolha; à “magia” que dá cor à vida; ao conceito de heroísmo associado ao conceito de justiça, a crença no futuro de Portugal enquanto apelo ao orgulho nacional.
            Com efeito, todos os alunos, em particular, e todos os grupos, em geral, merecem o reconhecimento das suas capacidades, quanto à selecção de imagem, construção de texto e disposição gráfica, postas em prática na obtenção de um conjunto apelativo e pleno de significado.
            Como esta actividade se integra no âmbito de um concurso, torna-se, pois, necessário seleccionar o melhor trabalho. Assim, na nossa qualidade de júri, destacamos dois cartazes – A Visão do Medo, da autoria de Lisandra Mendes, Isa Tavares e Sara Silva (8º5); Um Verdadeiro Orgulho, de Fábio Santos, Bruno Bonafina e Bruno Amaral (8º5).
            Para além das qualidades comuns a todos os trabalhos, estes dois cartazes constituem um assinalável contributo para a valorização da vida, numa época em que o pessimismo teima em instalar-se – “mudar de visões, “... uma herança de vida que é a paz de Portugal”, “o início do pessimismo é hoje a raiz do ódio”, “pensando sem parar no melhor da vida” e “Não deixes morrer o Sonho!” são afirmações que demonstram a valorização positiva que deve presidir à existência de todos nós.
Parabéns aos autores.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Autora de maio - Maria Teresa Horta

A autora do mês nasceu em Lisboa no dia 20 de maio de 1937.O seu nome e a sua vivência não podem dissociar-se da causa feminista, muito embora a sua atividade criativa se situe no domínio da Literatura, consubstanciando-se na escrita de poemas mas também de textos jornalísticos e, mais recentemente, romances, incluindo uma obra de grande fôlego centrada numa personalidade histórica, igualmente feminina e escritora, como a sua descendente em 5º grau. Referimos-nos à Marquesa de Alorna , a figura central da mais recente publicação de Maria Teresa Horta, que implicou uma extensa pesquisa, recorrendo a fontes inéditas, encontradas maioritariamente na Torre do Tombo.

Suprimir - Clube de Poesia/Escrita Criativa


Os alunos da turma 5 do 9º ano realizaram, hoje, uma atividade no âmbito do projeto "Clube de Poesia/Escrita Criativa", designada por "Suprimir" e que consiste em retirar, riscando, algumas palavras/expressões do texto apresentado, de forma a criar outro texto, com um sentido semelhante ou diferente, conforme as palavras suprimidas.

Foram trabalhados textos de Teolinda Gersão: "A Orelha" e "A Velha", extraídos da obra Histórias de Ver e Andar, e de Ilse Llosa, um excerto da obra O Mundo em que vivi.



quarta-feira, 2 de maio de 2012

Partir...


Partir é morrer um pouco…

De tantas vezes que parti

Desloquei-me a diferentes terras.

Mas nunca em nenhuma viagem senti

Qualquer mudança interior em mim!

Talvez tenha ficado diferente exteriormente…

Talvez tenha crescido uns centímetros…

Talvez o meu rosto se tenha alterado…

Mas nada por dentro terá mudado.

Mesmo assim posso dizer que partir é morrer um pouco…

Não se trata de uma simples partida.

Trata-se de objetivos.

Assim como uma verdadeira corrida

Que, quando olhamos para trás

Percebemos que já está cumprida…

Sentimos felicidade…

Cada viagem ao nosso interior

Faz-nos sentir com valor

Para encarar a realidade…

De todas as viagens interiores

Vi defeitos e qualidades que pensava que tinha.

Começarem a desaparecer…

É isso que é morrer (um pouco)

Morre a parte do nosso carácter que está desconhecida;

E nasce um ser com novas qualidades para toda a vida…

Partir é morrer…

Mas também é renascer!...

Madalena Almeida