terça-feira, 23 de novembro de 2010

Poesia em construção na BECRE

A segunda sessão do "Clube" de Poesia consistiu na elaboração de trabalhos de "colagens e montagens" utilizando recortes de revistas e jornais, organizados livremente em função de um tema escolhido pelos alunos. Estiveram envolvidas nesta actividade quatro turmas do 7º. ano, num total de cerca de 40 alunos. Os trabalhos foram depois expostos num painel cujo fundo sublinha a missão da biblioteca na promoção da leitura/escrita .

Clube de Poesia na BECRE

No mês de Outubro inaugurámos o "Clube "de Poesia - um projecto da autoria do professor João Pedro Aido, que foi integrado no PAA da BECRE -, uma vez que o seu propósito se ajusta na perfeição ao trabalho de promoção da leitura/escrita que a Biblioteca assume como tarefa primordial.
A primeira actividade, designada "Um poema no bolso", consistiu na elaboração de um poema partindo de um verso da autoria de um poeta consagrado, cujos textos foram depois lidos em voz alta pelos alunos.

Creio que foi o sorriso,
naquele momento que mais preciso
No meu bem-estar
Fizeste-me amar.
Estava eu a chorar
Quando apareceste para me apoiar
Fizeste-me de novo pensar
Que vale a pena perdoar.

Vera, 7º 3

Ai que prazer
Estar na biblioteca a ler,
Chegar a casa e ter trabalhos para fazer.
Eu sou o André e tenho doze anos
Para a minha vida eu tenho muitos planos. (...)

André P. , nº 2

Uma cidade pode ser
Sem toda esta poluição.
Temos que resolver
Esta confusão! (...)

Mafalda, 7º. 3

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Autor de Novembro - L. Tolstói

"O mal não pode vencer o mal. Só o bem pode fazê-lo."

"Eu escrevo livros, por isso sei todo o mal que eles fazem. "

"O dinheiro representa uma nova forma de escravidão impessoal, em lugar da antiga escravidão pessoal."

"Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência."

"A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira."

Lev Nikoláievich Tolstói, foi um dos grandes vultos da literatura russa e mundial, que viveu no século XIX. Entre as suas obras mais famosas destacam-se Guerra e Paz, sobre as campanhas de Napoleão na Rússia, e Anna Karenina, onde expõe de forma crítica o ambiente social da época: a hierarquia, a falsa moralidade, o vazio existencial de uma classe privilegiada que não dependia do seu trabalho para garantir a sobrevivência, ao contrário da massa de camponeses que constituía a base da pirâmide social da Rússia, no século XIX.
Tolstói dedicou também os últimos anos da sua vida à difusão dos seus ideais pacifistas e humanitários, inspirando outros notáveis, como M. Ghandi, na tentativa de recuperar o espírito do cristianismo original, conseguindo reunir à sua volta um conjunto de “discípulos” e admiradores que acompanhavam e partilhavam das suas reflexões, o que contribuiu para dar uma maior projecção social e política à sua intervenção, considerada por muitos dos seus contemporâneos, um movimento de renovação religiosa, critico da religião ortodoxa, russa, o que lhe granjeou uma notável popularidade, atestada neste excerto da obra a última estação, de Jay Parini:
« (…) Cristo é Cristo. Mas Lev Nikoláevitch é seguramente um dos seus profetas. Tenho sorte por o conhecê-lo tão bem quanto conheço. (…)
Quando chegámos ao tribunal, a rua estava cheia de gente. Foi muito semelhante ao que acontecera na estação de Kursk em Moscovo,no início do mês, quando Lev Nikoláevitch deu por si submergido numa multidão de admiradores, milhares deles, todos a gritar o seu nome a plenos pulmões. (…) toda a espécie de pessoas, mas principalmente pedintes, que imaginavam que o “Conde”, como continuavam a chamar-lhe, poderia fazer um milagre por eles. Muitos esticavam os braços apenas para tocar no casaco dele à sua passagem.»
.
Esta obra é uma ficção construída a partir de um conjunto de testemunhos de um grupo restrito que privou com Tolstói no último ano da sua vida, incluindo a sua mulher e alguns dos seus filhos, em particular a filha Aleksandra (Sacha), que estabeleceu com ele uma relação privilegiada. Os testemunhos tão diversos, expostos de uma forma solta e descomprometida permitem entrever a complexa teia de relacionamentos que projectou e mistificou a figura de Léon Tolstói.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Livros que contam a América

A imagem da América encontra-se plasmada na literatura produzida pelos autores americanos: de Mark Twain e Walt Whitman a Don Delillo, são revisitados os ícones da consciência literária americana , onde há também um espaço para o feminino - Sílvia Plath - uma referência da especificidade possível num quadro de flexibilidade que é apanágio da cultura americana.
O século XX tornou-se o "século americano" - uma das afirmações em destaque no programa Câmara Clara para seguir aqui.

domingo, 14 de novembro de 2010

Voltaire - um autor francês para Novembro

Voltaire é o pseudónimo de François-Marie Arouet, um expoente do iluminismo francês, conhecido pela espirituosidade da sua crítica à sociedade de Antigo Regime, sua contemporânea. Intentou a difusão das ideias de igualdade, liberdade e valorização do conhecimento/educação, através da aproximação da realeza absolutista, conseguindo influenciar monarcas, como o rei da Prússia, que se tornaram assim protagonistas de um regime político diverso: o despotismo esclarecido/iluminado.
O contributo deste filósofo francês foi essencial para a definição de uma nova matriz da cultura ocidental, centrada no liberalismo de base racionalista, que conduzirá às revoluções liberais e aos movimentos nacionalistas do século XIX, uma época profundamente marcada pelo exemplo político da França.
A escolha deste autor foi uma proposta da área curricular de Francês, e o trabalho desenvolvido pela professora Clara Botelho com os seus alunos do 11º 7 integrou a exposição alusiva aos autores do mês, que a BECRE mostra em permanência:
IL y a un auteur du mois français! C’est...
VOLTAIRE
Date de naissance :
21 novembre 1694
Métier : Écrivain

Voltaire, de son vrai nom François Marie Arouet, est né le 21 novembre 1694 à Paris (France) dans une famille bourgeoise.
Il suit des études brillantes dans la meilleure et la plus chère école de Paris, chez les Jésuites du collège Louis-le-Grand. En parallèle à l'éducation stricte et religieuse des Jésuites, Voltaire fréquente la société libertine du Temple où il se découvre un esprit de liberté qui souhaite s'émanciper de la religion et de la monarchie.
En 1713 , il abandonne ses études de droit et fait un bref séjour à La Haye où il est secrétaire d'ambassade, mais une aventure amoureuse avec une jeune huguenote le renvoie à Paris.
Là, il décide de consacrer sa vie à l'écriture. En 1717, il est interné à la Bastille pour des vers relatant les relations incestueuses du Régent. Au cours des onze mois de son internement, il termine l'écriture de la tragédie Œdipe qui connaitra dès 1718 un énorme succès.
C'est à cette époque qu'il se choisit son pseudonyme qui n'est autre que l'anagramme de AROUET L(e) J(eune) (les lettres U et V, J et I s'écrivent de la manière à cette époque).
En 1726, il s'oppose au chevalier de Rohan-Chabot et fait un nouveau séjour à la Bastille. A sa sortie de prison, Voltaire doit s'exiler pour trois années en Angleterre avant de faire son retour dans la société parisienne en 1729.
Il va briller par son talent d'auteur en livrant de belles pièces "Brutus" en 1730, "Zaïre" en 1732, "Le Mondain" en 1736, "Mahomet" en 1742, "Mérope" en 1743.
Ce talent attise la curiosité du roi qui en fait en 1744 son historiographe. Pourtant, l'esprit persifleur de Voltaire va lui valoir sa disgrâce. En 1758, il achète un domaine à Ferney (près de Genève). Là, il se découvre une passion pour la construction d'une société nouvelle. Il aménage son domaine, puis la région entière, il fait bâtir des maisons, fait cultiver les champs, développe l'élevage, monte quelques industries (montre et bas de soie) et apporte la prospérité à la région.
Voltaire devient de son vivant un véritable mythe et en 1778 pour son grand retour à Paris, il est accueilli pour une foule en liesse et par les membres de l’Académie Française qui lui rendent un vibrant hommage.
Voltaire est considéré comme l'un des artisans de la Révolution Française. Ses cendres sont d'ailleurs transférées au Panthéon le 11 juillet 1971.
Il restera associé au siècle des Lumières (le XVIIIème)...
Il meurt à Paris le 30 mai 1778. Le 28 février 1778, quatre mois avant sa mort, il déclarait dans une lettre à son secrétaire Wagnière, qui l'a pieusement conservée :

« Je meurs en adorant Dieu, en aimant mes amis, en ne haïssant pas mes ennemis, en détestant la superstition. »

Ses cendres sont transférées au Panthéon de Paris le 11 juillet 1791 après une cérémonie grandiose. Par un hasard de l'Histoire, sa tombe se trouve en face de celle de Jean-Jacques Rousseau, qu'il n'appréciait guère.
Voltaire est surtout lu aujourd'hui pour ses contes. Candide, Zadig, entre autres, font partie des textes incontournables du XVIIIe siècle et occupent une place de choix au sein de la culture française.
Toute l'œuvre de Voltaire est un combat contre le fanatisme et l'intolérance.
L'attachement de Voltaire à la liberté d'expression serait illustré par la très célèbre citation qu'on lui attribue :

« Je ne suis pas d'accord avec ce que vous dites, mais je me battrai jusqu'à la mort pour que vous ayez le droit de le dire. »
Le génie de notre langue est la clarté.

Si l'on n'est pas sensible, on n'est jamais sublime.

Il vaut mieux hasarder de sauver un coupable que de condamner un innocent.

Il n'est permis d'affirmer qu'en géométrie.
Les beaux esprits se rencontrent.

Toutes les grandeurs de ce monde ne valent pas un bon ami.

Le malheur des uns fait le bonheur des autres.

Le bonheur est souvent la seule chose qu'on puisse donner sans l'avoir et c'est en le donnant qu'on l'acquiert.

Le monde est assurément une machine admirable; donc il y a dans le monde une admirable intelligence, quelque part où elle soit.

Je veux que mon procureur, mon tailleur, mes valets croient en Dieu; et je m’imagine que j’en serai moins volé.
Alguns alunos visitaram a exposição e responderam ao seguinte questionário:
QUESTIONNAIRE
1) Quel est le vrai nom de Voltaire ? (10)
2) En quelle année est-il né ? (10)
3) Dans quel pays a-t-il vécu en exil ?(10)
4) Comment s’appelait la prison où il a été emprisonné 2 fois ?(10)
5) Indique une phrase qui t’ait particulièrement plu. (20)
6) Comment surnomme-t-on le siècle où Voltaire a vécu ? (15)
7) Indique le titre d’une de ses oeuvres.
8) Dans la liste qui suit, souligne les thèmes chers à Voltaire : (15)
Fanatisme/ Égalité/ Amour/ Tolérance/ Violence/ Solitude/ Géographie

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Autor de Novembro

Egas Moniz foi uma figura destacável sobretudo no campo da ciência e em particular da Medicina. As suas descobertas centraram-se no domínio da neurologia e valeram-lhe o prémio Nobel, em 1949, depois de quatro tentativas infrutiferas.
A sua ligação política à Primeira República estabeleceu-se por via do presidente-Rei, Sidónio Pais, em cujo governo foi minsitro do estrangeiro.