terça-feira, 14 de outubro de 2008

Leitura andante



Todos os momentos são bons para ler e todos os lugares servem para acolher livros, revistas ou simples excertos.
A leitura anda na escola...

Autores de Outubro


Ler e comunicar por diferentes meios e com múltiplas artes: através da escrita (Manuel da Fonseca), das artes plásticas (Júlio de Resende) e da música (John Lennon).
Três autores ligados ao mês de Outubro, a que procurámos dar visibilidade na biblioteca e noutros espaços da escola.

Autores de Outubro



No domínio da música, surge-nos John Lennon, um dos Beatles, a banda inglesa que marcou os anos de 1960.
John Lennon foi um ícone do século XX.
Como fundador dos Beatles, era o líder natural da banda.
Em 1960, os Beatles eram formados por John Lennon (guitarra), Paul McCartney (guitarra), George Harrison (guitarra), Stuart Sutcliffe (baixo) e Pete Best (bateria).
Em 1962 trocaram de baterista, entrando assim Ringo Starr também de Liverpool.
Finalizava-se então a formação dos Beatles com John Lennon (guitarra), Paul McCartney (baixo), George Harrison (guitarra) e Ringo Starr (bateria). Paul McCartney passou a tocar baixo após a saída de Stu.
Em 5 de Outubro de 1962, os Beatles lançaram o seu primeiro compacto com a música "Love me Do".
No dia 11 de Fevereiro de 1963, em apenas um dia, gravaram o seu primeiro álbum “Please Please Me”.
Começou a beatlemania.
Em 1968, John Lennon apaixonou-se pela artista plástica Yoko Ono e depois disto ela tornou-se a pessoa mais importante na vida e carreira do músico inglês.
Protestaram juntos contra a guerra do Vietnam.
A gravação da música "Give Peace a Chance" em 1969 contra a Guerra do Vietnam marca a transformação de Lennon em activista anti-guerra.
Em 1970, os Beatles chegaram ao fim e a partir de então John Lennon dedicou-se à carreira a solo.
Yoko Ono foi e ainda é considerada por muitos fãs dos Beatles como uma das principais causas da separação do grupo.
Em 1980 voltou aos estúdios para gravar um novo álbum. Era como um recomeço.
Em 8 de Dezembro desse ano, John foi assassinado em Nova York por Mark David Chapman, um fã dos Beatles e de John, quando retornava do estúdio de gravação junto com a mulher.

Autores de Outubro

Nas artes plásticas, destacamos Júlio de Resende.
Frequentou a Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Iniciou a sua actividade artística como ilustrador em semanários infantis e na imprensa diária.
Na década de 1940, as passagens por Madrid, onde tem contacto com as obras de Goya, e por Paris irão influenciar a sua obra de estilo expressionista. Marcado também pelo cubismo de Picasso, os seus quadros apresentam uma pintura dinâmica, geométrica, que caminha progressivamente para a abstração.
Destaca-se o caráter social de muitos dos seus quadros, nos quais situações do quotidiano popular são retratadas de forma geométrica com uma estrutura pictórica triangular, por vezes, quase abstracta, como se pode observar nas pinturas do Alentejo realizadas entre 1950 e 1951.
A mudança do Alentejo para o Porto irá produzir telas com estruturas geométricas rectangulares e pincelada mais solta e leve, mas em que a temática do trabalho e a vertente social continuam.
Uma viagem ao Brasil, em 1971, introduz uma nova mudança no estilo do pintor: a diagonal passa a dominar a estrutura do quadro.
Com uma carreira diversificada - pintura a fresco, vitral, painéis cerâmicos, ilustração de obras literárias e cenários teatrais -, Júlio Resende, professor na Escola de Belas-Artes do Porto, já fez mais de 50 exposições individuais e numerosas colectivas, está representado em vários museus e em muitas colecções particulares na Europa, África e América do Norte e Sul.

Autores de Outubro

O escritor Manuel da Fonseca, foi um dos nomes que escolhemos como autor do mês de Outubro.
Nasceu em 15 de Outubro de 1911, em Santiago do Cacém.
Aqui se manteve até completar a instrução primária.
Desde muito cedo, por influência do pai, se iniciou no mundo da leitura.
Na escola, cultiva a sua paixão pela escrita.
A continuação dos estudos leva-o a Lisboa onde frequenta o colégio Vasco da Gama, o Liceu Camões e a Escola Lusitânia e, mais tarde, a Escola de Belas Artes. As férias passa-as em Santiago do Cacém.
Na grande cidade dá longos passeios. A vida nocturna fascina-o.
Encontra os seus primeiros empregos no comércio e na indústria. Apesar de muito ocupado, encontra tempo para o toureio e o desporto - jogou futebol, interessou-se pela espada e florete e ousou mesmo ganhar um campeonato de boxe.
Em 1925 publica num semanário de província os seus primeiros versos e narrativas.
Foi habitual colaborador em revistas literárias, como O Pensamento, Vértice, Sol Nascente e Seara Nova.
O escritor fez parte do grupo do Novo Cancioneiro, fazendo da sua obra uma importante intervenção social e política. Manuel da Fonseca, escritor do neo-realismo português, desenvolveu em prosa uma obra que retrata o Alentejo, as suas vilas e os seus montes, a sua ruralidade, o sofrimento da sua gente, a solidão. Membro do Partido Comunista. Contestatário e observador por natureza, a sua escrita era seguida de perto pela censura.
Manuel da Fonseca chegou a fazer a Escola de Belas-Artes, deixando registros dos seus traços em retratos de amigos, com José Cardoso Pires, mas nunca se sobressaiu como artista plástico.

O Vagabundo do mar

Sou barco de vela e remo
sou vagabundo do mar.
Não tenho escala marcada
nem hora para chegar:
é tudo conforme o vento,
tudo conforme a maré…
Muitas vezes acontece
largar o rumo tomado
da praia para onde ia...
Foi o vento que virou?
foi o mar que enraiveceu
e não há porto de abrigo?
ou foi a minha vontade
de vagabundo do mar?
Sei lá.
Fosse o que fosse
não tenho hora marcada
ando ao sabor da maré.
É por isso, meus amigos,
que a tempestade da Vida
me apanhou no alto mar.
E agora
queira ou não queira,
cara alegre e braço forte:
estou no meu posto a lutar!
Se for ao fundo acabou-se.
Estas coisas acontecem
Aos vagabundos do mar.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Dia Europeu das Línguas


As línguas são a própria essência da União Europeia. As línguas que falamos definem quem somos. A União Europeia respeita a diversidade cultural e linguística dos seus cidadãos.

Desde 2001, o Conselho da Europa e a Comissão Europeia decidiram que o dia 26 de Setembro seria, anualmente, o Dia Europeu das Línguas, para comemorar o rico património de culturas e tradições que todas as línguas europeias representam - e não apenas as 23 línguas oficiais da União Europeia.

A diversidade linguística dá-nos a oportunidade de entrar na pele de outra pessoa e ver a vida de uma perspectiva diferente.

Neste dia, pedimos a alguns alunos que comentassem a afirmação que se segue. Deixamos aqui os melhores trabalhos, que ilustram não apenas a expressão escrita em diferentes idiomas mas também perspectivas diversas.

As línguas abrem caminhos

O conhecimento linguístico diversificado de uma pessoa permite-lhe comunicar com o Mundo, todo ele, não só uma parte. Sabemos que, nos dias de hoje, é praticamente impossível saber falar todas as línguas do mundo porque existe uma língua para cada país e, nalguns casos, mesmo dentro do próprio país existem vários dialectos. No entanto, se uma pessoa souber falar três ou quatro línguas, é um grande avanço para conhecer outras culturas, outras tradições e outras pessoas.
Por isso é que as línguas abrem caminhos, permitem conhecer tudo aquilo que nós quisermos e falar com quisermos; abrem caminhos para outras culturas.
Ricardo D., 11º2ª

Les langues ouvrent des chemins
Savoir des langues c’est une vertu, ça ouvre la prision de l’ignorance et contribue pour un monde plus ami.
Ana Lopes, Ana Santos, 9º5ª

Languages open ways

... a person who knows many languages has more opportunities in the future of getting a better job or a better life outside her(his) country.
Vera Ferreira, 10º2ª