quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Autor do mês de Setembro


Romancista. Proveniente de uma família da grande burguesia portuguesa, licenciou-se em Medicina, com especialização em Psiquiatria. Exerceu a profissão no Hospital Miguel Bombarda em Lisboa, dedicando-se, desde 1985, exclusivamente à escrita.

A experiência em Angola na Guerra Colonial como tenente e médico do exército português durante vinte e sete meses (de 1971 a 1973) marcou profundamente os seus três primeiros romances.
António Lobo Antunes começou por utilizar o material psíquico que tinha marcado toda uma geração: os enredos das crises conjugais, as contradições revolucionárias de uma burguesia empolgada ou agredida pelo 25 de Abril, os traumas profundos da guerra colonial e o regresso dos colonizadores à pátria primitiva. Isto permitiu-lhe obter um reconhecimento junto dos leitores, que, no entanto, não foi inicialmente acompanhado pela crítica. Mas, hoje, é um dos escritores portugueses mais divulgados no estrangeiro.
Disse numa entrevista à Visão, em Setembro de 96, que as principais influências nos seus livros foram o cinema norte-americano, o cinema italiano, os andamentos da música, e também alguns escritores que o encantaram na adolescência, como sejam: Céline, Hemingway
, Sartre, Camus, Malraux, Júlio Verne e Emilio Salgari; mais tarde foi a descoberta de Simenon e posteriormente dos russos com Tolstoi e Tchekov.

Alguns títulos da sua autoria:

Memória de Elefante (1979)
Os Cus de Judas (1979)
Fado Alexandrino (1983)
Auto dos Danados (1985)
As Naus (1988)
Tratado das Paixões da Alma (1990)
Crónicas (1995)
Manual dos Inquisidores (1996)
O Esplendor de Portugal (1997)
Livro de Crónicas (1998)
Exortação aos Crocodilos (1999)
Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura (2000)
Que farei quando tudo arde? (2001)
Segundo Livro de Crónicas (2002)
Eu Hei-de Amar Uma Pedra (2004)
História do Hidroavião (reedição 2005)
Terceiro Livro de Crónicas (2006)
Ontem Não Te Vi Em Babilónia (2006)
O Meu Nome é Legião (2007)

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